Profissão Repórter

IV Salecom: Assista Jersey atuando como repórter

O 2º e o 3º dia da IV edição da Salecom - Semana de Comunicação da Faculdade Salesiana de Macaé, aconteceram nesta terça e quarta-feira, (23 e 24). Na terça-feira, o repórter Max da InterTV e Andréia Gorito da UVA estiveram presentes esquentando o debate sobre ética e o emergente "showrnalismo".

 Já na quarta-feira o tema da noite que teve palestras e debates foi o jornalismo esportivo e as novas mídias. Jornalistas e editores do site "O repórter" estiveram presentes no evento que aconteceu na sede da faculdade.

Fui repórter e juntamente com a aluna Monica cobri o evento. Abaixo os vídeos com minha atuação como repórter coletando alguns flashes com o público participante. Uma oportunidade única de treinar as técnicas de TV e descobrir se a carreira no telejornalismo é somente um sonho, ou uma possível área para minha atuação profissional. A cobertura completa pose ser vista no Youtube e/ou pela TVC, no canal 20 da ViacaboTV.
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Como escrever, fazer amigos e influenciar pessoas

Por André Forastieri, em seu Blog, no R7.com

Se você trabalha com comunicação, precisa saber escrever. Mas muita gente sofre para escrever. Eu escrevo profissionalmente desde 1988. Tenho uns truques para compartilhar com você.
Em 2008, eu me rendi e comecei um blog para palpitar todo dia sobre cultura, tecnologia e comunicação. Também o fiz para expor as glórias e vergonhas destas duas décadas. Me rendi ao blog porque quase só leio online.
Observei que muitos blogs brasileiros são prolixos e ensimesmados. Muita opinião e pouca posição. Jornalistas profissionais têm outros problemas. O pior é cozinhar o press release.
Tudo isso tem remédio.
A primeira vez que escrevi sobre escrever foi em 1995, numa coluna do Folhateen. Uma resposta a mil consultas sobre como virar crítico musical. Está no meu blog.
De lá para cá, escrevi várias vezes sobre o assunto. Quase sempre para consumo interno. Eu envelheço, mas meus colegas sempre têm uns 25 anos. Eles batizaram de “Escolinha do Professor Forasta”.
O foco é jornalismo, mas serve para outras coisas. Reescrevi minha aulinha há um mês. Este é o primeiro remix.


COMO ESCREVER BEM

Escrever bem é defender uma posição original, com argumentos irrefutáveis, de maneira sedutora e clara. Vamos chamá-la de “tese”. Isso pode ser feito em uma frase ou mil. Em uma é melhor.
Se o texto não tem posição, não defende uma tese. E se não tem algum componente de provocação, não defende uma tese original.
Aí pode ser o que você quiser - poesia, prosa, “conteúdo” -, mas não é jornalismo.
Adaptando a Wikipédia, a tese é uma tomada de posição por parte do autor. Ele apresenta sua posição e, em seguida, argumentos que provem que ela está correta.
A tese deve ter tema único e bem delimitado, rigor de argumentação e apresentação de provas, profundidade de ideias, avanço da compreensão da área abordada e originalidade.



A ESTRUTURA

O texto jornalístico ideal tem 1500 caracteres. Ele deve defender uma única tese. O texto longo é, na verdade, uma grande tese, construída por miniteses de 1500 caracteres. É muito difícil de fazer e pouca gente tem paciência para ler. Pense dez vezes antes de fazer.
Se você realmente precisar fazer algo maior que 1500 caracteres, transforme tudo o que passar disso em listas, subretrancas, bullets, boxes, infográficos etc.
O título da matéria deve ser um resumo da tese, expressada da maneira que mais atrairá leitores.
O primeiro parágrafo do texto (também conhecido como “lead”) explicita a ideia central do texto e, portanto, é um resumo do texto completo.
O efeito final no leitor deve ser o de que ele escorregou pelo texto - foi paquerado pelo título, seduzido pelo lead e, quando viu, já estava no clímax.
Uma estrutura muito eficiente: tese no lead, seguida de quatro parágrafos apresentando provas da tese em ordem crescente de força da prova. O último repete a tese e apresenta a prova definitiva de que ela é correta.


O TEXTO

As frases devem ser curtas e diretas.
Não use vírgulas.
Não use jargões e termos técnicos. Escreva em português que sua mãe possa entender.
Não use metáforas, bordões, clichês.
Se usar siglas, na primeira vez que mencioná-las, explique o que ela significa e o que ela é em texto entre parênteses.
Abra um parágrafo a cada 400 caracteres.
Use muitos subtítulos.
Quando você achar que o texto está bom, conte o número de caracteres. Corte 30%.
Depois disso, volte para a primeira linha e desça cortando todas as vírgulas que conseguir. Uma por parágrafo é o máximo desejável.



O ESTILO

Não procure ter um estilo. Estilo é uma mistura de todo mundo que você admira com o que você não consegue deixar de ser. Vai sedimentando com a idade. Preocupe-se em defender sua tese com clareza e eficiência.
Escreva rápido até o final. Revise depois. Desligue o corretor automático, mas verifique as grafias. Você pode usar palavras que não usaria normalmente numa conversa com sua mãe - uma vez por texto.
Aprenda inglês. Leia Gore Vidal pelos ensaios, The Economist pela clareza, e Seth Godin se sua praia é marketing.
Mas estude os jornalistas brasileiros que sabem escrever em português. Não interessa o que ele está falando, interessa como. Paulo Francis é imbatível. Na minha geração, Álvaro Pereira Júnior.
A formuleta acima funciona. Use e pare de sofrer. Você também pode ignorá-la e escrever bem. Só precisa ser muito inteligente e experiente e talentoso.
Finalmente: se você não se diverte quando escreve, o leitor percebe. Vá trabalhar com alguma coisa que te dê prazer!










É possível viver de blogs? Eles conseguem


Izabela Vasconcelos

Um foi demitido por blogar na hora do trabalho, o outro recebia críticas do pai para que deixasse o blog e procurasse um emprego. Contrariando as situações, os dois passaram a viver de blogs. Edney Souza, do Interney, blog e plataforma de blogs, e Thiago Mobilon, do Tecnoblog, especializado em tecnologia, estão entre os que conseguiram a proeza de lucrar com seus blogs.



Além de criar o Interney, que faz parte do IG, hoje Edney, aos 34 anos, é sócio da Pólvora, agência especializada em redes sociais e palestrante profissional na FGV, entre outras instituições. A Pólvora tem 20 funcionários, já Edney conta com uma secretaria e um desenvolvedor para sua plataforma de blogs. O empresário também trabalha com outra ideia, o Blog Content, empresa que irá desenvolver redes de blogs profissionais e já conta com três funcionários.


Demissão “impulsionou” carreira
“Há cinco anos trabalho só com comunicação. Em 2007, criei a rede de blogs, e depois comecei a perceber que muitas agências deixavam oportunidades passar nas redes sociais, aí criei a Polvora. Virou um balaio de coisas”, explica.


A paixão por blogar custou o emprego de Edney, que é formado em processamento de dados. “Já cheguei a ser demitido por atualizar o blog no horário de trabalho, na visita a um cliente. Aí eu pensei, será que isso é tão importante pra mim a ponto de eu perder meu emprego? Foi um momento chave pra mim”.


E por incrível que pareça, o que o blogueiro mais gostava de fazer, era o que mais lhe dava dinheiro. “Vi que o que eu mais gostava de fazer me dava mais dinheiro do que o que mais me estressava”. Mesmo assim, a vida não é tão tranquila. “Trabalho da hora que acordo até a hora que durmo”, diz.


A demissão fez Edney se dedicar mais ao blog. “No começo de 2005, decidi viver exclusivamente do blog, depois surgiu outras oportunidades”. Além de manter seu próprio blog, o empresário criou a plataforma de blogs Interney, que reúne vários blogueiros que, assim como Edney, também ganham dinheiro com a venda de espaço publicitário e a inclusão de lojas virtuais em suas páginas. Os blogueiros recebem comissão pelos produtos vendidos a partir de cliques em suas páginas.


Profissão: blogueiro
O que você faz? Essa pergunta nem sempre é fácil de ser respondida por um blogueiro. “Minha família não sei se entende até hoje o que eu e como eu faço. No começo meus amigos me achavam um louco, porque eu era gerente de sistemas na época e depois passei a me dedicar só ao blog”.


Resultados
Hoje, o Interney tem uma média de 5 a 7 milhões de visitas por mês. Edney prefere não revelar quanto ganha com o Interney, mas se mantém dele, além do trabalho na Pólvora e como palestrante. “Agora fica cada vez mais difícil responder essa pergunta”, ri o empresário, sugerindo que seus lucros cresceram com o tempo.



Empresário aos 24 anos
Já Tiago, hoje com 24 anos, criou seu blog quando tinha apenas 19. De lá pra cá, contratou nove pessoas para formar sua equipe, e seu blog, o Tecnoblog, foi chamado para fazer parte do Globo.com.


Tiago diz não ter horário para trabalhar. “Depende muito. Um dia desses saí para ir ao cinema e fui avisado pelo Iphone que o blog tinha saído do ar, aí eu fiquei tentando fazer ele voltar e acabei perdendo o filme. Não tem hora. Mas na maioria das vezes faço a maior parte das coisas de madrugada: gerencio, cuido da parte técnica, contrato e contabilidade”, conta.


O Tecnoblog foi criado em 2005, mas só em 2009 Thiago contratou uma equipe para ajudar no conteúdo e na parte técnica. “Em dezembro de 2005 criei o blog. Comecei a mexer em tecnologia, a me interessar. Em 2007, abri a empresa, em julho de 2009 contratei gente para escrever para o blog e em agosto desse ano veio a parceria com a Globo.com”, resume.


Vai trabalhar, menino!
O pai de Thiago não entendia por que o filho gastava tanto tempo na frente do computador. “Meu pai mandava eu ir trabalhar. Mas no fim, ele ficou espantado com o resultado, e depois de muito explicar, ele entendeu como funcionava”, conta.


Com o seu trabalho, Thiago já recebeu propostas de várias empresas e portais. “Trabalhei pra Intel e pra Nokia, atualizando os blogs deles em eventos e várias outras ações. Já recebi propostas de portais também, mas não deixei por causa do blog”.


Planos
Hoje Thiago se mudou para São Paulo e mora com dois editores do blog, um de Vitória e outro do Rio de Janeiro. A ideia deles é comprar um espaço e montar uma redação fixa, além de contratar mais funcionários. Hoje são 10 pessoas na equipe, mas apenas os três trabalham juntos, os outros sete ficam em diferentes cidades.


“Pretendo contratar um editor e uma pessoa pra parte técnica, nós só não contratamos porque ainda não temos espaço físico. É complicado gerenciar de longe”, afirma.


Resultados
Só na parte de conteúdo, o Tecnoblog conta com mais de 1, 5 milhão de acessos por mês. Se calculada a parte da loja virtual, esse número dobra. Thiago também não gosta de revelar o faturamento da empresa, mas admite que ultrapassa R$ 30 mil por mês. “Eu posso dizer que pra empresa se manter precisa ter mais R$ 30 mil em caixa por mês, sem o lucro, para o pagamento de funcionários e todas as despesas”. O dinheiro vem da parceria com a Globo.com, Google AdSense e, principalmente, da vitrine virtual do Mercado Livre.


Meio & Mensagem, janeiro de 2009)

O RIO PEDE PAZ

O RIO PEDE PAZ